sexta-feira, 27 de maio de 2011

O kit anti-homofobia e o atraso mental do Brasil

Nas últimas semanas, aumentaram as discussões calorosas e bastante burras sobre a excelente iniciativa do Ministério da Educação quanto ao seu kit anti-homofobia. Quando finalmente comemoro um avanço positivo na nossa nação de intelectualóides, sou deparada com uma série de textos pejorativos na internet, que falam da homossexualidade como se isso fosse alguma anormalia, doença ou praga que ameaça a vida dos brasileiros.

Com relação a outros países latinoamericanos (estabelecendo um parâmetro até justo, onde o machismo, catolicismo e os índices de educação ainda são vergonhosos, o que é preponderante para uma sociedade subdesenvolvida e ignorante), o Brasil é bastante atrasado e isso confirma os textos que estive lendo durante os últimos dias. Acho que passou da hora de levarmos a sério temas que fazem parte das nossas vidas. Seja do gosto do povo ou não.

O discurso covarde da presidente Dilma me envergonha, porque nos marca a fogo essa mentalidade medíocre que ostentamos e pior, temos até certo orgulho disso: da tradição, dos bons costumes, que para mim, não passa de pura hipocrisia.

A nossa Educação é um desastre, que forma e formata cidadãos aptos a julgar e não a pensar, discutir e solucionar os problemas da nossa sociedade. Então, ficamos à mercê do nosso grande professor, a televisão, que propaga e mantém a verdadeira identidade do brasileiro: bobo, preconceituoso e manipulável.

Não sou homossexual, mas apoio completamente a liberdade do indivíduo. Seja para decidir com quem dorme, a quem ama, para quem reza ou como se veste. É com base a este idealismo, que nos tornamos um país abolicionista, que pertence a um mundo que recrimina Hitler e a todos os tiranos preconceituosos que habitaram este planeta.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Bin Laden não morreu!

O fato dos Estados Unidos não querer divulgar as fotos do defunto Laden para não despertar a ira dos terroristas, incluindo mulçumanos vulneráveis à propaganda fundamentalista, tem lógica sim senhor. Mas isso não quer dizer que surtirá o efeito desejado pelos governantes que almejam a paz. Digo isso, porque as ações do Al Qaeda nos países árabes pobres foram suficientemente profundas para conseguir seguidores e simpatizantes dispostos a cometer qualquer tipo de insanidade para vingar o covarde assassinato de Osama.

Achei covarde, porque ele não estava armado e estava com a sua família. E sempre esperei que ele fosse levado ao tribunal, como fizeram com Sadam Hussein, para ser julgado pelo governo afegão. Ou por quem fosse. Mas que fosse julgado e não assassinado por soldados americanos.
Por incrível que pareça, por mais desgraçado que tivesse sido em vida, Bin Laden conseguiu morrer como heroi!!! Insinuação um tanto perigosa, fácil de se converter em ícone de uma nova luta sangrenta que termina por castigar gente inocente.

Matar o Bin Laden não foi a solução, mas sim o encontro de um novo problema. Pois perpetuou aquele, que conseguiu estremecer o orgulho americano.
Por agora, só nos resta pedir a Allah que nos proteja. Amém!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tsunami nas relações internacionais dos Estados Unidos

Apesar de lamentável, estou adorando ver os Estados Unidos rebolar as cadeiras para salvar sua relação política internacional com o resto do mundo. Como um bom imperador mimado, fez o que bem quis com a corte internacional, promovendo um clientelismo nojento que fomentou durante vários anos, principalmente, a desigualmente entre os hemisférios e dentro de inúmeros países em desenvolvimento. Hoje, graças ao Wikileaks não só os americanos estão numa verdadeira saia justa. Juntos, no mesmo saco estão inúmeros amiguinhos lambe-botas, expostos como o Tio Sam, por atitudes algumas óbvias, porém, com a dor de quem recebeu um baita de um chifre. É minha gente, o mundo dá voltas e as mensagens na internet também!



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vítimas da sociedade de conceitos arcaicos

Foi uma nota pequena. Dessas que não aparecem destacadas. Estava lá, num link pequenininho, em um site de notícias do interior de São Paulo. Uma menina de dois anos violentada pelo "tio", que disse que a levaria ao parquinho, enquanto a mãe - viciada em cocaína, saíra em busca de mais drogas.

Claro que quando se trata da pobreza e suas vítimas, o assunto não dá ibope, já que essas mesmas vítimas consumem muito pouco. E para que colocar nas páginas dos jornais notas cheias de pobres e seus problemas?

Não é novidade o descaso e a cegueira ante os problemas sociais que maltratam o Brasil dos pobres. Não é novidade que o país está formado por uma sociedade hipócrita e burra, assim como já é de conhecimento de todos que somos uma das nações mais religiosos do mundo - pelo número de cristãos, que nega o aborto por uma religiosidade incoerente às mazelas sociais em que nos encontramos.

Se você acha que é pecado matar um feto por ser "um anjo indefeso que não optou por nascer", eu acho que é pecado permitir que uma criança de dois anos tenha seus órgãos sexuais e internos destruídos, porque tem uma mãe incapaz de zelar por sua segurança e que tamanha desgraça seja mantida por conceitos de uma sociedade arcaica que, indiretamente, fomenta coisas horríveis como essa todos os dias. Então, se defender o aborto é pecado, que eu vá para o inferno.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Assunto velho, mas não irrelevante

Outro dia, buscando saber mais sobre as personalidades brasileiras que marcaram as décadas de 60 e 70, sem querer, topei com a Leila Lopes. Na verdade, coitada, buscava sobre a Leila Diniz. O curioso, foi que a Leila que não buscava me levou a um texto - cuja manchete desatualizada para este post, era bastante coerente com fatos que muitas vezes escapam da ótima de análise da impresa - porque não lhe interessa, óbvio.
Sem mais meandros, posto na íntegra o texto do blog Ad Pereira, cujo autor é o mesmo do título do veículo.

Fonte: http://adpereira.wordpress.com/2009/12/04/a-morte-de-leila-lopes-e-a-vida-de-leila-diniz-um-desabafo/

Essa semana fomos surpreendidos pela morte de Leila Lopes, com fortes indícios de que a causa tenha sido suicídio. O fato em si já é triste o suficiente, mas não paramos por aí.
A morte de Leila Lopes, cuja carreira transitou da Rede Globo para os corredores obscuros da indústria pornô, não deixa de trazer consigo um certo simbolismo dos tempos em que vivemos.
A Sociedade só pode estar com febre alta. As mulheres lutaram pelos seus direitos, queimaram sutiãs,foram às ruas.
Parece que o esforço não serviu prá nada, primeiro inventamos a mulher objeto, depois, a mulher produto. Disponível nas bancas de revistas, nos sites, nas modalidades frutíferas mais incríveis para o delírio e gozo de uma legião de onanistas insaciáveis. E se por um lado existe a venda, do outro existe o comprador formando um círculo vicioso.
São três os deuses dessa sociedade hipócrita, o pênis, a vagina e a fama. Três entidades que se combinam alucinadamente nas mentes pervertidas do sistema. Na busca desenfreada pela fama e o glamour e o poder que ela traz, os outros dois deuses, pênis e vagina aliam-se em metamorfoses ad nausea. Uma moça feia e pobre se torna celebridade instantânea por ter sido barrada na porta de uma faculdade e ganha os sedutores espaços da mídia, noutro instante prevê-se que ela seja abandonada e menosprezada pelo próprio monstro que a criou não sem antes ter faturado um punhado de dólares com a exibição do corpo. Um programa de televisão se passa no meio do mato e sobrevive da exibição de  peitorais, bundas e peitos numa hemorragia de formas sem nenhum conteúdo.
Por isso e muito mais, não há graça alguma nessa morte e a manifestação de alguns integrantes do grupo CQC pelo twitter afora são apenas sinais do que a deusa fama pode causar nas mentes dos incautos. Os garotos do programa, enebriados pelos delírios de poder que uma audiência elevada produz, andam por aí no mundo digital e real lançando “posts” sobre a morte da atriz, sem o mínimo respeito pela própria ou pelos parentes dela.Onde anda você  Marcelo Tas, um jornalista sério e com uma carreira sólida? Aguardamos a manifestação de seu bom senso com a rapaziada do programa que você lidera.
Salve Cláudia Raia, com seus 1,10m de pernas e kilômetros de inteligência. Salve Malu Mader, Marisa Monte, Ligia Fagundes Telles, Clarice Lispector, Fernanda Montenegro, e finalmente Salve Leila Diniz, cuja coincidência de ter o mesmo nome da atriz Leila Lopes nos convida a refletir. São duas Leilas, dois destinos e um hiato gigante entre a ousadia e libertação proposta no passado por uma e a tristeza de assistir a morte da outra triturada pela canalhice sexual imposta pelos adoradores dos  deuses vagina, pênis e fama.

terça-feira, 16 de março de 2010

Bate papo político através de blogs

Galera, o blog Casa 101 está promovendo em dois de seus posts, "Assunto de Todos 1 e 2", uma conversa bastante interessante sobre a honestidade (ou a falta dela) entre os políticos brasileiros.

Na minha opinião, vale a pena dar uma espiadinha no blog da Kath, que sempre traz um tema interessante para refletir:
http://casa101.blogspot.com/

segunda-feira, 15 de março de 2010

Caetano, você é um chato!


Sábado teve show do Caetano aqui em Baires. Eu fui - não porque o adoro, como adoro o Chico, o Gil. Apenas porque é um dos ícones brasileiros, do tropicalismo e todo esse blábláblá, e senti que era um dever ético e cívido prestigiá-lo.
Enquanto ele cantava temas que eu desconhecia e era aclamado pelos argentinos (embora, muitos tenham deixado o palco antes dos primeiros 60 minutos), reconheci que ele tem seus méritos para ser considerado um grande cantor: o cara é inovador, sem dúvida, tem algumas músicas belíssimas... e.... só. Se não fosse pelo embalo da emoção de estar perto do Caetano Veloso e se fosse um José da Silva qualquer que estivesse se apresentando, eu não teria gostado do show. Na verdade, eu não gostei do show. A Banda C, na minha opinião, pode ser comparada com outras bandas que escutei por aqui. Não tinha nada de óoooh. As letras das músicas apresentadas, na sua maioria, mais pareciam uma compilação de diálogos retirados do twitter (opinião é opinião).
É verdade que posso ser uma ignorante e não entender de absolutamente nada de música. E não entendo mesmo. Pode ser que eu tenha sido afetada pela arrogância já conhecida do Cantor, que sequer disse "buenas noches ou adiós", pode ser. Como pode ser também que o grande ícone permanece no trono pelo o que já foi e não pelo o que é. E como foi imensamente grande no passado, hoje não nos atrevemos a tomar o seu cetro. Foi aplaudido calorosamente, ovacionado por quase todos. Sendo assim, me resigno e desejo vida longa ao Caetano!